ESHTE Tourism Talks Vol. I

2 2 1. Línguas em ação O Decreto-Lei (DL) 74/2006, documento regulador da alteração do sistema de bases do ensino em Portugal pós Bolonha, define que o grau de licenciado pressupõe a aquisição e o desenvolvimento de competências transversais, comuns a todas as Unidades Curriculares (UC), e consequentemente a todas as áreas, independentemente da formação científica e dos objetivos profissionais. Espera-se assim que, no final de uma licenciatura, os estudantes tenham desenvolvido um conjunto de competências essenciais às diferentes áreas de formação, competências essas que se destacam no artigo 5 deste DL, nas alíneas a) a f), nomeadamente: a aquisição de conhecimentos e a capacidade de compreensão e sua aplicação numa abordagem profissional; a capacidade individual de resolução de problemas, a construção e fundamentação da sua argumentação; capacidades fundamentais como recolher, selecionar e interpretar informação, com base numa análise dos aspetos sociais, científicos e éticos fundamentais; competências que permitam ao jovem licenciado comunicar informações, ideias, problemas e/ou soluções, a públicos especialistas ou não especialistas; em termos gerais espera-se que, ao longo do seu processo de formação o jovem licenciado tenha desenvolvido competências que lhe permitam dar continuidade ao seu processo de aprendizagem ao longo da vida, com um elevado grau de autonomia (DL 74/2006, Artigo 5.º). A competência comunicativa assume, neste documento regulador, um papel de destaque, dada a sua importância no contacto com os outros, não se resumindo ao “saber fazer”, mas sobretudo ao “saber agir” em contexto profissional. Quanto falamos de “competências comunicativas” em língua, que permitem a um indivíduo agir, utilizando os meios linguísticos de que dispõe, não podemos negligenciar as componentes sociolinguísticas e pragmáticas, transversais a todas as áreas do saber. A língua não pode nem deve ser reduzida a um mero instrumento que nos permite comunicar socialmente, tendo em conta que ela assume não só um papel mediador de transmissão, mas é também lugar de construção do conhecimento (Sarroeira, 2017). 2. Para uma Europa plurilingue e multicultural O T U R I S MO , N U M A P E R S P E T I V A D A E D U C A Ç Ã O E M , P A R A E P E L A S L Í N G U A S

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