2 7 Numa perspetiva da formação em Turismo em, para e pelas línguas, esta junção de diferentes saberes e áreas do saber, dentro de uma mesma área científica, vem abrir uma janela de oportunidades para o desenvolvimento de projetos entre docentes, cruzando experiências e identificando necessidades transversais que poderão contribuir para um trabalho de desconstrução e reconstrução dos programas, renovando e fortificando os curricula. No universo das suas especificidades individuais, as diferentes UC de Artes e Humanidades apresentam necessariamente uma tipologia de necessidades discursivas e pragmáticas que, integradas nos programas de línguas e assumidas transversalmente, poderão tornar as aprendizagens efetivamente significativas e sustentadas nas necessidades comunicativas dos estudantes, orientadas para a ação profissional em sociedade. Inversamente, também a aprendizagem das línguas assume necessidades discursivas e pragmáticas que poderão ser contempladas no processo educativo de outras UC. Esta abordagem torna-se também possível numa perspetiva mais alargada, envolvendo as outras áreas científicas que estão presentes nos planos de estudos de cada curso, contribuindo assim para a construção de curricula formativos numa perspetiva social, afastando-se dos curricula meramente orientados para a formação empresarial. O desenvolvimento de projetos transversais e a criação de espaços de aprendizagem multimodais que levem o estudante a “sair” da dimensão singular de cada UC e do espaço e tempo da “sala de aula”, transportando as suas aprendizagens para o exterior (no seio da própria sociedade), constituem uma abordagem já implementada entre algumas UC da ESHTE, mas resumem-se ainda a projetos isolados que poderiam ganhar uma maior dimensão num contexto de formação colaborativo, orientados para a transversalidade de competências e saberes fundamentais para a sua ação com os outros, preconizados pelo DL 74/2006, e numa perspetiva plurilingue e intercultural, sustentada pela utilização dos documentos de referência do Conselho da Europa. Importa levar os estudantes, ou os atores sociais deste processo, não só a saber fazer, mas também a saber agir com (os outros, especialistas ou não), unindo a tarefa à ação na sua área de formação profissional. 3. As tecnologias e as línguas de ação profissional O T U R I S MO , N U M A P E R S P E T I V A D A E D U C A Ç Ã O E M , P A R A E P E L A S L Í N G U A S
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